Palavras novas e velhas

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Resumo e comentário as palestras de Carlos Taibo em Compostela: II Depoimento

5-11-09

O projecto do depoimento que defende o Carlos Taibo é formal e materialmente anticapitalista, premissa desde a qual é imprescindível partir para entender que nom se trata dum lavado de cara mais do capitalismo, trocando ultraliberal, neoliberal no vocabulário do Império, por neosocial ou neokeinessiano.

A acusaçom a Marx de que no século XIX nom contara com os limites ecológicos serviu-lhes a alguns para tirar pola borda toda a sua obra, o que é certamente um despropósito. Cumpre revisar o que faga falta de Marx, sem cair na ínfima consideraçom do problema ecológico dalgumha esquerda ou na centralizaçom exclussiva deste problema dos verdes europeus, esquecendo que o responsável das agressons ambientais é o próprio capitalismo. Destarte, em Engels já hai anunciadas algumhas destas questons no seu artigo inconcluso "A transformaçom do home em macaco polo trabalho".

Nengum projecto de depoimento é sensato se nom contribui a umha resdistribuiçom radical da riqueça, criando coesom social. Aliás, o crescimento económico nom provoca, necessariamente, coesom social, com tam bem se vê na China e traduze-se no esgotamento de recursos escassos para geraçons vindouras e em violaçons ambientais irreversíveis. Para além disso, cria-se umha mentalidade em que o único importante é trabalhar muitas horas e ganhar muitos quartos para consumir com voracidade.

O gasto por habitante sanitário nos EUA é de 5274 dólares por indivíduo e ano, enquanto em Cuba é de 236 dólares, numha relaçom 20 a 1, colocando ao primeiro no posto 72 mundial e ao sistema sanitário cubano no 36. A alimentaçom e as deficiências no transporte cubanas som grande parte da explicaçom a este enigma para a economia convencional. Aliás, e a pesar de ter medrado a renda per cápita nos EUA desde a II Grande Guerra, o ianqui meio é cada vez menos feliz polo geral, inçando-se as enfermidades e os transtornos psicológicos. A disposiçom de recursos tem a ver com a felicidade nons chanços inferiores do desenvolvimento, mas o hiperconsumo refere antes umha situaçom de vazio e infelicidade geral ca da felicidade geralizada.

O Protocolo de Kioto é um parche que adia em bem pouco o desastre, o necessário é apostar polo depoimento e a mudança do sistema. A pegada ecológica mede a superfície planetária necessária para manter o cenário actual, tendo ultrapassado já a capacidade do planeta e, portanto, privando de recursos às geraçons vindouras. Quanto transcrevo as imprensons sobre esta palestra saia um artigo em que se afirma que a pegada ecológica do Estado espanhol necessita de quatro planetas coma o nosso para manter o nosso nível de vida. [consultar artigo aqui].

A defesa do depoimento passa pola reduçom do consumo e a produçom dumha maneira drástica, muito especialmente no mal chamado primeiro mundo e, portanto, exige umha mudança radical das nossas sociedades: lazer criativo face a lazer alienante; repartiçom do trabalho; a reduçom de muitas administraçons e do transporte; democracia directa e autogestom, a supremácia portanto do local sobre o universal em base a um novo contrato social mundial; a primácia da sociedade civil sobre as dinámicas do mercado...

Hai que revisar a consideraçom eurocéntrica das sociedades tradicionais como "atrasadas" (o exemplo dos missionários -vid. vídeos adjuntos a esta entrada). Laotouche é o principal pensador do depoimento, ideia surgida da sua experiência na África, onde sociedades pobres artelhárom medidas colectivas de ajuda mútua impensáveis no individualismo "opulento" europeu.

Determinados elementos do crescimento europeu poderiam servir bem para o desenvolvimento dum depoimento económico. Hai que reduzir drasticamente ou fechar sectores económicos inteiros: militar, publicidade e propaganda, aviaçom, automóveis... Que fazemos com esses parados? Incentivar sectores relacionados com o bem-estar e o meio ambiente e advogar pola divisom do trabalho. Conseqüência os que ganham mais, ganharám menos; teremos mais tempo livre e finalizará o consumo voraz e seremos mais felizes.

De nom fazê-lo decresceremos à toa e nas cinças do capitalismo. O depoimento é anticapitalista, antipatriarcal e libertário por definiçom, apostando pola autogestom. Todo isto é assi porque as poderosas empresas privadas nom cederám rem e, daquela, o ataque a elas é mui necessário.

Como grande panacea alternativa o capitalismo propom a tecnologia e mais concretamente a energia nuclear, que requeriria multiplicar quando menos por três as centrais atómicas actuais até 1300 no planeta. De fazer-se isto só haveria uránio para 15 ou 17 anos e que fazemos com os resíduos e o custo de produçom ainda subvencionado com fundos públicos? A tecnologia da fusom nuclear em que alguns acreditam requeriria polo menos mais de 70 anos de investigaçom... temos tanto tempo? Para a relaçom entre depoimento e tecnologia podemos apor a metáfora do pater familias diligens, ou seja, que podamos dominar a Lei da Gravidade graças a tecnologia nom convida a fazer edifícios sem escadas nem montacargas. É indespensável gerar mais energia renovável e menos consumo.

A crise de 1929 tem similitudes com a que padecemos em 2009. O ascenso do fascismo naquela crise financeira nom é alheia a esta crise, que som realmente crises: mudança climática, encarecimento de matérias primas, sobre-populaçom, expólio de recursos materiais e humanos dos países pobres... Como responde o poder a isto? Resgates ultraliberais para a grande banca enquanto se recurtam prestaçons sociais; refundaçons apenas nominais do capitalismo, como a proposta de Sarkozy; neokeynessianismo ou ultraliberalismo de rosto amável; ajudas ao automóvel para recuperar a indústria... quem andará polas estradas quando o litro do carburante custe a 5€?

Em Marx já podemos topar enunciado o depoimento, se bem é certo que nom tem a ver com o projecto geral que el tinha. Hai que perfilar para o futuro o horizonte que se abre par aos movimentos sociais e a esquerda real quando os cidadaos se fagam perguntas e a resposta esteja no discurso tradicional dos nomeados "radicais" polo oficialismo. Mas, abre-se tamém o horizonte do fascismo, do "darwinismo social militarizado" visível já em muitas políticas de George Bush, de Obama ou da UE e a sua política de emigraçom. O que fica às claras é que o depoimento ou é paulatino ou será anárquico e resultado final do Imperialismo, um grande caos geral a escala planetária.

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+ O rural: insire-se no eido da primácia local sobre o universo. O rural galego mantivo durante séculos unha convivência sustentável com o meio. A teoria do depoimento é ainda geral e deve concretar-se, por exemplo, mas políticas de género, no rural e na urbe, imigrantes, ámbito sindical, sanidade e educaçom. Isto é mui urgente para levá-lo à frente e no rural deve ter em conta o reparto da densidade da populaçom e a propriedade da terra, o que exige umha rede boa de transporte público e nom um AVE.

+ Público / privado (propriedade): nom vale defender o público se está ao serviço do privado. No rural hai que manter e trabalhar a propriedade social - nom estatalizar como o modelo soviético- e desartelhar todas as estruturas tipo Coren.

+ A Galiza padece um neocolonialismo, mas temos que decrescer igualmente já que os recursos expoliam-se desde a periferia para o centro, mas, afinal, consumem-se igual.

+ Cuba é o país do planeta com menor pegada ecológica, o que nom tapa desastres ambientais como o monocultivo importado da URSS e que hoje estám superando ainda. Tampouco a pegada ecológica deve ser o único critério à hora de avaliar e analisar a fasquia e a satisfacçom dumha sociedade.

+ Melhor ca falar de alterglobalizaçom deveriamos falar de antiglobalizaçom, ou matizando-o mais, antiglobalizaçom descendente, ou seja advogar por umha globalizaçom ascendente, socialista, com a primácia do local sobre o universal.






+ Palestra sobre o depoimento em Irunha, Fevereiro 2009.

















terça-feira, 10 de novembro de 2009

Resumo e comentário as palestras de Carlos Taibo em Compostela: I Tchetchênia

Tchetchênia (Gentalha do Pichel, 5-11-09)

O conceito "conflitos esquecidos" foi criado hai umha série de anos, mas trai consigo um problema que é a ideia de que hai conflitos que nom esquecemos quando sabemos que nom é assi. Neste sentido, o Iraque ou a Palestina som tamém "conflitos esquecidos".

Entre nós o interesse polos conflitos diminue quanto mais cara o Leste e mais para o Sul estes se desenvolvam e, segundo o Carlos, o conflito da Bósnia - a 200 quilómetros da Tchetchênia- foi sentido mais próximo por nós do que a guerra civil tatchica numha ex-república soviética, que se estendeu até 1997 desde a sua independência em 25 de Dezembro de 1991. A dimensom Norte-Sul é ainda mais importante, já que conflitos como os do Congo, Uganda ou Darfur som dificilmente ubicáveis para a maioria dos europeus.

A versom russa afirma que desde 1998 a gerrilha tchetchena está finalizada, mas a guerrilha resiste ainda nas montanhas meridionais com força e assesta golpes nas chairas setentrionais. Contodo, a posiçom russa é mais cómoda do que fai quinze anos.

Desde fai anos o exército russo actua com impunidade, sem observadores internacionais, assassinando, seqüestrando e cometendo todo tipo de atropelos cuja maior gravidade é que ficam no silêncio e no esquecemento para o resto do mundo. A dinastia Kadirov desenvolve um programa pro-russo com umha constituiçom que só reconhece o russo como língua oficial - nom o tchetcheno-, baseando-se num "programa de normalizaçom" das autoridades russas e podendo votar nas eleiçons até as forças de ocupaçom o que dá fé do sentir maioritariamente independentista da populaçom tchtchena.

A autoridade russa desfixo-se dos elementos resistentes mais moderados, reforçando a opçom da luita armada para servir aos interesses autoritários de Putin primeiro e de Dmitri Medvedev agora. O grau de destruiçom alcançado na Tchetchenia só é comparável com o da cidade alemá de Dresden na II Grande Guerra (1939-1945) e após o conflito as 4/5 partes da populaçom local morrêrom ou exilárom-se.

A argumentaçom oficiosa russa é de cariz exclussivamente jurídico, já que em 1991 o parlamento da Tchetchênia declarara unilateralmente a independência e a constituiçom da URSS, e logo da Federaçom Russa, nom reconheciam o direito de autodeterminaçom e, portanto, o castigo e a ocupaçom atroz era legal e "legítima", puro "truísmo" imperialista.

Em 1922 a revoluçom blochevique esqueceu-se do direito de autodeterminaçom da Tchetcênia e logo Estáline acusou aos tchetchenos de colaboracionistas com os nazis, quando estes na verdade nunca lá chegárom. As fronteiras elaboradas por Estáline no Cáucaso fôrom bastante arbitrárias e sem contarem para nada com as etnias da regiom, governadas com mao-de-ferro e divididas quase como a África na Conferência de Berlim entre os anos 1922-1936. Quando cai a URSS as repúblicas reconhecidas como federadas atingírom a sua independência e cumprírom assi as suas demandas de autodeterminaçom, nom assi as restantes entidades sem esse reconhecimento. Porém isto é do ponto de vista das nacionalidades completamente arbitrário. Até 1957 a Carélia desfrutava do reconhecimento de república federada, "privilégio" que Nikita Kruchov lhe tirou, mais um exemplo da arbitrariedade do processo de autodeterminaçom no Leste.

O conflito político da Tchetchênia passa por cima do elemento jurídico com muito e em dous séculos os tchetchenos nom fôrom consultados em nengum referendo de autodeterminaçom. A Comunidade Internacional em 1995, durante a I Guerra russo-tchetchena, deu boa amostra dos seus hipócritas posicionamentos. O embaijador americano em Madrid de visita deixou entrever que nom iam atacar a posiçom russa por terem eles massacrado aos índios no XIX - esquecendo deliberadamente as atrozidades ianquis posteriores-.

Hoje os EUA melhorárom as suas capazidades de influência no Caúcaso, mas para nada lhes interessa um novo estado que nom podam controlar - diferença crucial com Kosovo- e dominado polo islamismo moderado ou radical. O interês americano é o mesmo que explicitava Kissinger para a guerra entre o Iraque e o Irám: "que os dous contendentes saiam derrotados".

Em 1999, meio ano despois dos bombardeios sobre a Sérvia, justificados polo ataque deste país aos albaneses de Kosovo, Javier Solana foi perguntado por quê nom se intervia a prol dos Direitos Humanos em Tchetchênia e respondeu evidenciando a sua nula perspicácia: a Rússia tinha cabeças nucleares e nom podia ser tratada como a Sérbia, aí remata o truísmo ocidental com umha mensage clara para os chefes de estado como os da Coreia do Norte, enquanto tenhades armas nucleares nom vos faremos rem, cometades as atrozidades que cometades.

Despois dos atentados de 2001 a situaçom ainda se agravau porque já nom só se olha para outro lado, mas anima-se ao presidente russo para que continue com a repressom e partilhe com os EUA a segunda guerra ao "terrorismo" (a primeira desatárom-na Reagan e Bush).

A Tchetchênia nom conta nem com cabeças nucleares nem com os recursos energéticos da Rússia, eis a balança da política exterior da UE, a que pouco lhe interessam os Direitos Humanos, como demonstram dia-a-dia com Israel e atacando estados indefensos na África, sempre que nom se preguem as directrizes assassinas do FMI.

Em determinados campos da esquerda, por sua vez, nom hai simpatia por Anna Politkovskaia, porque Rússia ainda se se segue vendo com umha baliça perante os EUA, mais um deve estar sempre onde a opresom é manifesta. A jornalista russa rejeitou abandonar o Estado para ganhar mais e salvar a vida, um exemplo de dignidade e de corage. Os seus artigos apareciam num jornal que aparecia apenas nas segundas e nas quintas, com escasso eco no conjunto do Estado russo e os seus livros eram dificilmente adquiríveis nas livrarias.

Um livro hipercrítico pode publicar-se na Rússia, nom hai censura prévia já que logo, mas margina-se e evita-se que chegue a amplas camadas da populaçom. O editor que acceda a publicar um destes livros pom em risco a sua vida a maos de forças paramilitares sob o controlo do Governo.

Em 2008 produze-se a crise de Ossétia do Sul dentro do Estado da Geórgia e que lhe custou ao Carlos Taibo deixar de colaborar em El País. A política interna russa é mui criticável, mas a externa vem dada em parte polas pressons e agressons americanas. A aparente agressividade russa em Ossétia do Sul era umha resposta a real agressom ianqui, segundo expressou por entom Taibo no "medio permanentemente entusiasta del Imperialismo" como tem descrito Henri Kamen ao jornal El País quando fala do mito espanholista dumha língua universal.

O discurso neoconservador americano de que o único que cumpre aniquilar é o "terrorismo" islamista organizado calhou tamém entre muitos, demasiados, sectores da nossa sociedade. Umha explicaçom mágica, chamada Al-Quaeda, que dá conta de todos os problemas sem parar-nos a pensar na fasquia de cada conflito: Palestina, Colômbia, Saara Ocidental, Somália, etc. Outra conseqüência perversa deste pensamento e que contra o "terrorismo" todo vale,(encubrindo como tem advertido Noam Chomsky o terrorismo de estado usamericano); e umha terceira conseqüência é o desenvolvimento dumha dupla moral com os poderosos e com os débeis, já nom apenas é umha dicotomia entre amigos e inimigos. Se os comandos tchetchenos som "terroristas" essa mesma etiqueta deveria preservar-se para as acóns do exército russo na Tchetchenia e bem sabemos que isto nom é assi, como tampouco o é no Afganistám. A quinta e derradeira conseqüência deste discurso neoconservador é a falta de responsabilidade do Ocidente nos maiores problemas do mundo, como se as acçons de expólio no mundo árabe e o apoio a governos impresentáveis nunca existiram.

Anna fixo todo o possível para entender o conflito da Tchetchênia e indicou quanto falta por fazer em solidariedade com os povos oprimidos. A concentraçom mais numerosa que se registou em Madrid só juntou a 300 pessoas assi que mesmamente nós diferenciamos entre conflitos de primeira e de segunda. Para além disto, do centenar de palestras que o Taibo tem impartido sobre a Tchetcênia 93 transcorrêrom em Euskal Herria, nos Països Catalans ou na Galiza, algo que de por si já nem sequer merecer ser comentado.

______________Bate-pafo___________
+ O governo de Barack Obama nom mudará rem na Tchetcênia, porque ao longo de dez meses apenas fixo nada salientável em política exterior. O Iraque segue nas mesmas e o Afeganistám está pior, nengumha mudança na Palestina e mais bases militares para a Colômbia, por nom falar das cárceres flotantes ianquis. A paralizassom do escudo anti-mísseis é para Taibo conjuntural e guarda relaçom com a crise. Os EUA som o império e o seu gasto militar erradicaria a fame no mundo, algo loge do programa de Obama que levava como medida no tocande às prevendas fiscais para "rendas baixas" a consideraçom de que estas eram até 40 milhons anuais.

+ Os tchetchenos som sunnies maioritariamente e tradicionalmente moderados oque se mantivo até meados da década de noventa. Desde 1996 vai irrumpindo o islam radical da mao das próprias autoridades russas, modelo pairido polos EUA em Afeganistám com os Talibáns e logo alimentado por Israel com os yihaidistas e Hamás. Portanto, a religiom parece que nom jogou o mesmo papel ca o desenvolvido na guerra de Jugoslávia.

+ Umha boa mostra da interligaçom entre língua e identidade dá-no-la Guillem de Fac, na década de 60 e 70, que foi um cantautor preto das Illes Balears, tendo as suas origes na Guinê espanhola. Achegou-se a um balcom dum bar e pediu um café em catalám ao que o chefe do bar respondeu: "menos mal, pensamos que você era preto".

+ Entre a primeira e a segunda guerra da Tchetcênia hai umha diferença substancial: o papel jogado polos mídia na Rússia. Na primeira guerra da Tchetchênia (1995) houvo pluralidade informativa e umha maioria reduzida do povo russo era contrário ao ataque imperialista do seu governo. Na segunda Putin tomou boa nota e controlou totalmente isto, atafegando a pluralidade e, já que logo, a abraiante maioria dos russos nom som conscientes do que acontece na Tchetcênia, polo que a cidadania nom pressiona ao governo imperialista russo. A ocupaçom em 2002 dum teatro por um comando tchetcheno de 5o integrantes resolveu-se com umha massacre de civis, mas a popularidade de Putin subiu. Nom aconteceu o mesmo em Beslám na escola tomada em que morrêrom muitos cativos, fazendo baixar a sua popularidade. Semelha que algo vai mudando, sobretodo, pola incidência da crise que os média nom podem agochar ao russo meio. Contodo, a contestaçom séria ao modelo ultraliberal russo dificilmente poderá vir desde pressons populares. Putin é por sua vez um refém dos oligarcas locais.

+ A visualizaçom do conflito de Tchetchênia é complicada nas nossas sociedades. Nom é doado artelhar um projecto nesta direcçom, e, de facto, a nossa solidariedade é bem fraca com o Iraque e, especialmente, com o Afeganistám.

+ O ultranacionalismo russo necessita manter aberto o conflito da Tchetchênia porque o seu projecto autoritário é dificilmente assimilável por grande parte da sua própria populaçom. As próprias autoridades russas colocárom bombas em território russo - agentes dos serviços secretos russos fôrom detidos em Ryazám- para liquidar a simpatia dos cidadaos russos com a autodeterminaçom da Tchetchênia, o elemento fundamental para que Putin poda desenvolver o seu projecto autoritário, até ganhar com maiorias tragicamente abraiantes (e manipulando as eleiçons em parte todo seja dito). Se continua com a estratégia e que teme ainda as reacçons da populaçom ao seu projecto.

+ O único que podemos fazer é apoiar aos grupos que resistem lá sob um brutal acoso policial e jogando-se a vida. Isto para além da pressom sobre os nossos governantes. Umha terceira possibilidade é regatar "conflitos esquecidos" como o da Tchetchênia.

+ Informaçom