Palavras novas e velhas

terça-feira, 3 de março de 2009

A campanha da diglossia


Héctor Rodrigues Vidal

Neste ano de eleiçons autonómicas/nacionais/regionais (em funçom das distintas posturas dos partidos com representaçom no Parlamentinho) desse país (ou regiom, ou província multi-provincial) de camponeses que luita por ceivar-se das cadeias dos opressores galeguistas (já nom apenas políticos, mas simples íntegristas e intransigentes defensores da cultura própria como forma de vida “co-existente” e nom como fenómeno de Museu de mostras etnográficas exóticas), o nome que o lugar receberá de parte dos seus moradores num futuro próximo de 20 anos vê-se em perigo de ser modificado.

Já hai bem anos a segunda força da oposiçom, num pais que herdou de regimes anteriores umha cultura democrática de raízes profundas, quigera alterar a história ofendendo esta “preciosa” e pequena veiga coa mudança do nome autóctone, desde sempre, de Galícia em Galiza, colhido da cultura alheia e até invasora do vizinho português, que recorta a presença -como mostra a desatinada ortografia do texto presente- da cultura do Reino de Castela nesta lamela cheia de Aires, Sombras, almas em pena, lobisomes, fame, incultura e atraso, que tam obrigada lhe tem que quedar polo progresso que lhe ofereceu os últimos trinta anos. A sua relativamente alta presença parlamentar fixo que os analistas políticos do conjunto da naçom espanhola ficaram de queijo caído por razom do contra-sentido das urnas, a vista do espírito radicalmente antidemocrático de semelhante grupúsculo. Em suma, a nossa branha ganhou por méritos próprios o trato do que som dignas as Lamelas Preciosas.

Este dia de hoje, a tendência mais lógica acabou por vencer mercê a única promessa eleitoral que podia trazer de volta o sentido comum a este ámbito de debates:

O galego, rústica e rude fala de retranca respeitada, está a perder falantes, mas por baixo das previsons, e nom hai mais remédio (tamém era inesperada esta circunstáncia) que retirar-lhe ajudas, apoio e subvençons; se nom queremos fazer mais difícil a sua adaptaçom à modernidade, é melhor acabar rápido coa Lei de Normalizaçom Lingüística para nom seguir permitindo que a protecçom dumha mala mistura dos dialectos hispánicos nos deixe fora do mundo junta da nossa barbárie.

A grande pátria que protege da vista do mundo (como deveram fazer os bons pais na defesa da dignidade de filhos -se os tiver- discapacitados) o nosso húmido fogar, assento de todas as ruínas que hai. Ela fai o que se deve (e mais!) cum lugar afastado que mostra a pouca vontade de achegar-se e Hablar (como mostramos até o de agora): apartá-lo a um lado e fazer-se cargo (por pura filantropia) da gestom e benefícios dos recursos da sua economia, escasíssimos (quase inexistentes) que, por mui pouco, cobrem as necessidades energéticas destas gentes, a fim de contas povoadores dum extremo do mundo por culpa do mar…

V

A

I

A

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E

L

A

!

Esta é a melhor nova que se podia esperar, incluso essa desagradável designaçom que nos lembra o tosco passado poderia desaparecer em prol do progresso futuro e trazer aqui umha verdadeira economia produtiva: o latifúndio castelhano (morte as parcelárias!) trazeria a paz necessária e a desecaçom das nossas branhas expulsaria as brétemas da terra e a retranca coibida dos espíritos, último refúgio do reio que será executado por decisom popular.

L

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A

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Requiescat in pace . .

1 comentário:

Carlos de Galiza disse...

Parabéns pá! gosto da sua retranca