Agora ainda vai resultar que o colectivo Galicia bilingüe tinha razom é que o galego é um idioma imposto, mas tomando o adjectivo no sentido de 'nom posto, em vias de desaparecer'. Os dados som alarmantes. O etnocídio planejado polo espanholismo está cada dia mais próximo de chegar a bom porto.
A Mesa pola Normalizaçom Lingüística apresentou um estudo sobre o uso do galego elaborado pola RAG e financiado pola Junta de Galiza. A fiabilidade do estudo é alta, já que em nengumha outra língua romance se tomou umha mostra tam alta, transcorrendo o estudo entre 1992 e 2004. Os resultados som bem simples de analisar. Enquanto no rural, cada vez mais envelhecido e despovoado, o galego se mantém nas cidades passa a ser umha língua marginal.
A língua própria da Galiza atravessa a pior etapa da sua história e enquanto alguns falam de que se está imponhendo 11% dos menores de 18 anos reconhecer que apenas recebeu cadeiras em castelhano. De 13% que declarava nunca falar galego passou-se a 25'8%, e do 30'5% que o empregava passou-se ao 16%... Vento em popa e a toda vela cara o impune extermínio lingüístico. Aliás, os dados nas cidades som bem claros: a transmissom generacional está rachada e a mocidade vive numha percentagem alarmante de costas ao galego-português. Por outra banda, a massa intermeia de bilingües individuais está desaparecendo e numha percentagem muito alta fai-no para o castelhano e nom para o português da Galiza. Apenas com estes dados qualquer pessoa minimamente instruída poderá concluir que a única língua imposta na Galiza é o espanhol e que a única perseguida é o galego.
Para além do referido o informe recolhe tamém que 85% das cadeiras se impartem em espanhol, polo que o decreto que Feijoo vai derrogar nunca passou de ser papel molhado polo desleixo do fraguismo primeiro e do PSOE depois. A influência do ensino é a mesma dos meios de comunicaçom: desgaleguizar ao país, assassinar os seus sinais identitários e atafegar qualquer conformaçom de consciência crítica e nacional. Nas cidades os dados respaldam e explicam como Feijoo e Galicia bilingüe pudérom penetrar tam doadamente nas mentalidades urbanas com mentiras e difamaçons. Em Ferrol 85% emprega o espanhol, em Vigo e na Crunha emprega-no 81'9% da populaçom, em Compostela 41'9% e em Lugo 40'5%.
Em definitiva, o panorama para a língua galega é preto e agora o governo do PP deseja continuar com este «bilingüismo harmónico» que tam só leva ao canibalismo lingüístico irreversível. Supressom das Galescolas (que passa com os pais que querem educar aos seus filhos em galego?), derrogaçom do decreto para o fomento do galego no ensino... Porém nom ficará apenas nisso, os preconceitos contra a língua própria seguirám crescendo ao tempo que para “sair da crise” o PP privatizará todo quanto se lhe ponha por diante, mais neoliberalismo para umha crise neoliberalismo. A primeira vítima: o consorcio galego para o bem-estar, Galescolas incluídas. Esta é a sua liberdade, esta a sua democracia.
Na Galiza ocupada em Março de 2009, NÓS SÓS!
5 comentários:
http://www.primeiralinha.org/
A RAG mantivo seqüestrados 5 anos dados fundamentais sobre a acelerada espanholizaçom do nosso povo
18 de Março de 2009
Nom som dados actuais, mas de há cinco anos, que por algum motivo a filo-espanhola Real Academia Galega mantivo na gaveta desde 2004 e só agora começa a difundir. Os primeiros dados publicados, referidos à língua inicial, confirmam as análises independentistas da última década: o espanhol está perto de se converter, pola primeira vez na história da Galiza, na língua maioritária deste povo em termos absolutos.
Os dados som tam contundentes como dificilmente maquilháveis polos altifalantes oficiais mas, apesar da sua gravidade, a colaboracionista RAG nom tivo nengumha pressa em os dar a conhecer. De facto, até os políticos que o vinham negando durante os últimos anos começam a reconhecer que o uso do galego recua a grande velocidade no seio da sociedade que o falou durante os últimos doze séculos.
Apesar dos milhons de euros investidos em suposta "promoçom do galego" polos sucessivos governos autonómicos desde 1980, a queda de usos do galego nas três últimas décadas é mais pronunciada do que nunca, incluído o franquismo. Se realmente todos esses governos tivessem como objectivo normalizar o galego, a bancarrota de todos eles deveria levar à assunçom de responsabilidades por tam sonoro fracasso por parte de todos os cargos públicos envolvidos na matéria, o que nunca aconteceu na Galiza autonómica.
Dados mais do que previsíveis
Como era previsível desde polo menos a publicaçom do primeiro inquérito que deu lugar ao chamado Mapa Sociolingüístico Galego, a inícios dos anos 90, a situaçom só podia piorar, pois as condiçons socioeconómicas e as tendências demográficas incrementavam o novo ambiente de pressom abafante do espanhol sobre o galego em ámbitos como o laboral, o mediático, o da justiça ou o do ensino.
Apesar disso, os lingüicidas que nos governam mantivérom as mesmas políticas de uso folclórico do galego, como inservível código redundante abaixo do espanhol. A mensagem institucional e dos poderosos meios económicos, mediáticos e educativos do poder tem sido verdadeiramente letal para a sobrevivência da nossa comunidade lingüística, e assim continua a ser.
As boas palavras, os consensos institucionais entre os partidos "ordeiros e responsáveis" (nomeadamente o PP, o PSOE e o BNG) tenhem servido, continuam a servir, de monumental fraude e engano para deixar morrer o nosso idioma ao mesmo ritmo que a Galiza se homologa com o projecto nacional espanhol.
Os dados som incontestáveis: Em 12 anos, duplicou-se o número de pessoas entre 15 e 54 anos que nunca utilizam o galego (passou-se de 13% para 25,8%). Em simultáneo, o número de pessoas monolíngües em galego reduziu-se de 30,5% para 16%, enquanto as bilíngües com uso principal do galego também recuou de 30,5% para 22,9%. Ao invés, o uso maioritário do espanhol aumento de 26% para 35%.
Entretanto, as instituiçons continuam a abandonar o galego à sua sorte, apoiando a espanholizaçom do ensino (nunca deixárom de fazê-lo, tampouco entre 2005 e 2009); continuam a financiar meios de comunicaçom abertamente antigalegos; a impor umha justiça 100% espanhola e a fomentar o espanhol e a ideologia galegófoba.
Há alternativa?
Quanto a nós, os galegos e as galegas com dignidade e orgulho de tais, os e as que nom queremos ser uns ninguém, podemos esperar outra década para que a RAG, prévio seqüestro de dados estatísticos fundamentais, volte a mostrar-nos o caminho para a morte matada do galego que estamos a percorrer; ou entom, reagir de maneira firme e unitária, em chave de povo, em defesa do principal património colectivo desta naçom, a única de que somos filhos e filhas, chamada Galiza.
Assumamos e levemos à prática, no dia a dia e de maneira colectiva, as palavras de Manuel Maria, o poeta chairego de Outeiro de Rei:
Hai que defender o idioma como seja:
com raiva, com furor, a metralhaços.
Hai que defender a fala em luita reja
com tanques, avions e a punhetaços.
Hai que ser duros, peleons, intransigentes
cos que tenhem vocaçom de senhoritos,
cos porcos desertores repelentes,
cos cabras, cos castrons e cos cabritos.
Temos que pelejar cos renegados,
cos que tentam borrar a nossa fala.
Temos que luitar cos desleigados
que desejam matá-la e enterrá-la.
Seríamos, sem fala, uns ninguém,
umhas cantas galinhas desplumadas.
Os nossos inimigos sabem bem
que as palavras vencem às espadas.
O idioma somos nós, povo comum,
vencelho que nos jungue e ten em pé,
herança secular de cada um,
fogar em que arde acesa a nossa fé.
Cançom para cantar todos os dias, Manuel Maria.
Que ben me veñen estes datos para darlle na cara a un individuo que esta mañá me dicía na sobremesa que o galego non estaba en perigo, que aínda que si se perdera que non era para tanto...
Os datos dan medo, e sabendo o pesimista do que vou dicir creo que a estas alturas a recuperación do galego é practicamente unha "quimera", aínda así a loita debe continuar.
Lingua e matria!!!
Afinal estabilizará-se numha percentagem de pessoas conscienciadas, mas sem loita nom hai futuro. Nós Sós!
si!un dos grandes problemas é que xa Fraga (e ests continúan na mesma liña) sabía vender moi ben o conto do "bilingüismo" (chámeselle "harmónico", chámeselle "Galicia Bilingüe") e presetalo como símbolo de "liberdade/libertad"...
LIBERDADE é permitir que un pobo se exprese na SÚA lingua e que esta goce de todos os dereitos.
Os nenos galegos tan só deberían recibir en castelán "lingua e literatura española", da mesma maneira que inglés ou francés, como linguas e culturas foráneas que contribúen á súa formación.
Mais ben é certo que a loita continúa!!! e se nós (aínda que "sós") non defendemos o que é noso ninguén o vai facer.
POLA LIBERDADE!!
unha aperta!
(e "mil primaveras máis para o galego")
xa pensei que se perderan as miñas montaxes, e atopoas aquí.
saúdos.
Nabosky
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