Palavras novas e velhas

segunda-feira, 15 de março de 2010

A morte dum deus

"Muitos mortais, entregado à larpeirada e a cama, incultos e analfabetos, recorrem a vida como vagabundos: certamente a estes, contra natura, o corpo serviu-lhes de vontade e a alma de fardo. Eu estimo por igual a sua vida e a sua morte, já que descansam em ambas", Sallustio.

Em tempos de Stáline ou Brezner o povo russo e as demais naçons da URSS padeciam umha grande opressom, nascida de ditaminar a escravatura do campesinhado a respeito do tzar e dos popes. Hoje Rússia é umha caricatura da Uniom Soviética governada polas máfias e com umhas diferenças abismais entre ricos e pobres, ou seja, que agora dim-nos que sem opressom os recursos da Mai Rússia pertencem a Gaspron e quatro ou cinco senhores de gravata, mais altos e guapos que aqueles escuros burócratas "comunistas". Ninguém lembra já que a URSS passou em vinte anos, e no contexto do bloqueio internacional e as grandes guerras do século XX, de país pré-capitalista e atrasado a potência de primeiro orde, quase nada.

Agora hai liberdade, de mercado por suposto, já que um universitário cobrará, quando trabalhe, um ordenado que apenas lhe chegará para sustentar a família. A URSS foi mais que nada a utopia sonhada de muitos operários e homes de esquerda, porque conheciam só o que a propaganda lhes deixava ver, a URSS foi o motor, o espelho e a estrela Polar da esquerda europeia longo tempo e, de facto, ainda nom se subrepujo da sua queda e ficam muitos nostálgicos do Kalashnikov e o esturiom. URSS foi deus, foi religiom de que agora todas e todos renegárom... podemos ser ou nom crentes, mas no conto da URSS, como na fábula espanhola, nom está bem que nos deixemos manipular nem por uns nem por outros. Aquilo nom era democracia nem comunismo, certo. Apenas um infumável socialismo de estado que esmagou constantemente à sociedade civil e seqüestrou a Revoluçom de Outubro num capitalismo sem capitalistas. O que hai hoje tampouco ou ainda menos: maos-de-aço e luva branca, ou seja, demofarsa.

Sem comentários: