Os estudantado da USC fazendo fincapé numha esquecida unidade convocou para o 16 de dezembro de 2010, manhá entom, umha greve geral em que se imbricam sindicatos -como Comités, Agir ou o Sindicato de Estudantes- com assembleias como as de Medicina ou História, algumhas com umha trajectória bem conhecida outras criadas ex nihilo praticamente neste curso. Um companheiro meu lembrava como o êxito dos protestos da LOU se cimentárom desde a generosidade e por cima das siglas e um outro que se derruírom quando se tentou capitalizar e usurpar a participaçom colectiva para fins espúreos. Eu mesmo sempre acreditei em que este era o caminho, esperemos podemos ir tirando liçons e armá-la como se merece...
Esta greve chega inserida no mal-estar que gerou a extinçom de matérias nos alunos das licenciaturas e dentro dum Processo de Bolonha contestado polo sindicalismo (nom ao completo pois IESGA aderiu ao processo) privatizador da universidade. Isto último tenta-se que seja enganche para os alunos do grao com problemas já denunciados em cursos anteriores como o máster de secundária.
No Velho Continente Sílvio Berlusconni vem de degragar mais um bocado a "democracia" com a compra de parlamentares que lhe permitírom superar a recente moçom de censura. Arde, no entanto, Roma sob as fortíssimas pressons originadas polas revoltas do estudantado que reactivárom a todo o centro-esquerda, assim como os jovens desplomárom a popularidade de Sarkozy polos protestos contra a reforma das aposentadorias.
Por enquanto Europa treme pola acçom do estudantado - face a passividade geral- em Grécia os jovens levam a iniciativa nos contínuos protestos contra os recortes do Governo social-liberal de Papandreu. No Reino Unido os protestos do estudantado conseguírom a queda livre na intençom de voto dos liberais , que se afundiu de 23% nas eleiçons de maio até 8% no último inquérito de YouGov. Isto deve-se a que os liberais prometêrom na campanha eleitoral que se oporiam à suba das taxas e que um grande caladoiro de votos para o partido de Nick Clegg foi a universidade.
A suba das taxas em Inglaterra é um prelúdio do que acontecerá no Reino de Espanha de continuarem as medidas junguidas à doutrina ultraliberal inspiradora do Plano Bolonha. Só os reitores, que verám inçados os ingressos para os seus centros, parecem estar satisfeitos com a suba das taxas que passarám de 3.900€ para 10.700€. Porém, isto só afecta a Inglaterra já que a universidade em Escócia é de graça e em Gales o Governo porá a diferença - Governo que vem de reforçar o estatus do idioma galês-. Logo dirám-nos que o Reino de Espanha é um dos estados mais descentralizados do mundo mundial, como gostava de dizer o Manolito Gafotas.
Esta suba de taxas provocará umha elitizaçom do ensino à vez que impulsará umha nova servidume por dívidas. Os créditos - que se vendem como "bolsas"- estavam a 1'5% de juro de meia e passam a 3% a devolver após ter umha nómina de 2.000€/mês (os ordenados logicamente som mais elevados lá do que na Galiza). Aqui, por enquanto, som múltiplos os estudantes que sempre recebiam bolsas e que vírom diminuídas as quantias ou a bolsa denegada - por sua vez eliminárom-se bolsas doutro tipo e administraçons- com o conto da austeridade.
Afinal, ou antes de mais, a próxima greve do estudantado galego deveria ser um clamor para impedir que sejamos das últimas geraçons que ainda estudam numha universidade merecente do qualificativo de "pública", ou seja, o definitivo assalto organizado contra a educaçom. Porém, convocada em quinta-feira, é provável que, infelizmente, a greve na USC nom passe de mais umha ponte para muitos ou umhas férias de Natal por adiantado e veremos os estudantes que, ao cabo, estarám na praça no Toral às 12 a.m. E se a cousa fosse a mais? Obrigariam-nos os militares com o estado de sítio a estudar? Carregariam com cavalos e unidades montadas como em Inglaterra? "Ocuparia" o estudantado a catedral, a cidade da cultura, a reitoria, etc. por umhas horas como os nossos homólogos italianos? Esperemos que nom seja mais umha "folga", que nom greve, como as convocadas em anos passados, dessas em que a moa nom se move porque o rio nom trai auga.
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