Palavras novas e velhas

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Que volva dom Manuel!?

«La mayoría de las noticias sobre violencia las proporcionan las autoridades y se refieren a las respuestas gubernamentales a la violencia. Pero rara vez se explican los objectivos subyacentes de la violencia, y casi nunca se justifican. No se discuten los motivos ni las condiciones sociales que los provocan. La información se presenta descontextualizada, esto es, incomprensible», Vicente Romano: La intoxicación lingüística. El uso perverso de la lengua, p. 46.

A vida é um pandeiro já o dim lá onde eu som os que sabem da vida e das suas voltas, reviravoltas e contravoltas. Nunca o pensei, mas tenho-vos que confessar que em vendo o apoio do PP a Galicia bilingüe e as declaraçons de Palmou afirmando que o PPdG deve deixar de ser um apêndice de Madrid, as tramas de espionage, a divisom interna do partido e os escándalos de corrupçom quase se volta em falha ao seu antigo patrom. Com Rajoy e Feijoo nem eloqüência, nem saídas de tono delirantes nem outra cousa, som a versom descafeinada do velho fascista, os cachorros de Aznar e Bush, mas sem chispa nem liderazgo. Já logo se verám cartazes que ponham «esto con Fraga no pasaba», que os da direita sempre fôrom moi nostálgicos e a Franco figérom-lhe e fam-lhos ainda. Todos bons galegos, madia a levamos como naçom (quem lhe dera aos EUA ter a nossa canteira).

O espanholismo mais selvage e herdeiro directo do nacional-catolicismo recrudesce os seus métodos na santíssima aliança que deitou o passado oito de Fevereiro a Falange Auténtica, Partido Comunista de Unificación Española (tamém a zorra se enganou coa carauta até que comprovou que estava baleira), UPyD e PP na mesma cama preparada por Galicia bilingüe. Glória Lago, Rosa Díez, Corina Porro ou Alfonso Rueda fôrom alguns dos patriotas e bons espanhóis que saírom a fazer-se as vítimas polas ruas enquanto referendavam um etnocídio; como expunha Castelao no seu Sempre em Galiza que diriam os galegos se os políticos aniquilassem o Pórtico da Glória? Pois, o do galego é bem pior por ser «matriz inesgotável de obras de arte». Quando os paxaros se virárom contra as escopetas aginha, desde a metrópole, os meia, fonte permanente do dogma e a cultura após-moderno, apoiárom veementemente o fervor patriótico dos defensores do castelhano, deixando claro que por cima da esquerda e a direita está o espanholismo e o racismo lingüístico por el destilado.

Perto de duas mil pessoas, vidas desde todo o Estado o que dá ideia da escassa capacidade de mobilizaçom real malia o apoio do PP, insultárom à inteligência e fôrom arrastadas pola demagogia às ruas de Compostela, nom para pedir direitos, mas para negá-los. Defendem que um pai poda eleger em que idioma se educa o seu filho, ou seja, excluir o galego definitivamente das cidades e vilas da Galiza e reduzí-lo a pequenas reservas onde a endogámia nos vaia matando. Touro Sentado loitou e os palestinos tamém, ainda que seja com pedras ou com garrafas, mas hai abusos e provocaçons que nom som toleráveis, que temos fama de parvos, mas tanto...

Assassinamos um idioma e umha cultura que nasceu no século VIII e que se escreveu por toda a Península denantes que o espanhol, que andava recluído em glosas (anotaçons ao marge). Um galego que nom se empregava para a guerra, nem para cantar a mercenários coma o Cide, mas para o amor. Eles seguem com a guerra e os seus cantares de gesta e o que é pior, a paciência e o amor tamém se nos esgotou a nós. A seu berro fariseu de liberdade é umha liberdade-bomba. Umha liberdade de mercado que esgana a milhons de pobres cada ano, que precariza o emprego, que assassina desde um andámio a dúzias de trabalhadores cada ano. Outra liberdade-bomba e marginalizar à populaçom galega e voltar a perseguí-la e atacá-la, porque imos falar claro, nom avonda com pisar chao galego para sé-lo. O oito de Fevereiro detivérom-se pessoas tam só por falarem galego em vários pontos de Compostela, suspeitosos de pertencer à kale borroka, a Eta-Batasuna, etc. Isso é o que perseguem para envenenar desde os meia e varrer qualquer oposiçom ao seu Imperialismo nesta democracia de baixa intensidade.

A repressom foi brutal e desmedida, criminal até, o qual acendeu os ánimos e as respostas. Só se bourou por um lado enquanto os supostos mártires berravam fora de si «leña! Leña!». Lenha da árvore caída, pois olho com a labareda nom vaia queimá-los. Quando nom se pode manter a orde denantes dumha manifestaçom deve-se suspender, mas nom defender a um agressores e presentar como terroristas aos que se defendem contra o terror que nom fai tanto enlamou com chapapote as nossas costas e participou na invasom assassina do Iraque e Afganistám.

Desde Madrid fai-se a Lei Antiterrorista e a Lei de Partidos, nom a Lei do Pleno Emprego ou a Lei dumha vivenda digna. Desde Madrid apresenta-se aos defensores do galego como “eta-batasunos” e às moças e moços arredistas como a kale borroka e Jarrai, o demo em pessoa seica. As Galescolas som arsenais onde criar muyahidines para a yihad galaica enquanto o general Armada descansa em Compostela e Tejero na Costa do Sol. Os falantes de castelahno som perseguidos, discriminados e apedrejados em praças públicas por blasfemes e adúlteros. A anarquia reina nos fogares da antiga Gallaecia.

Velem-se, senhores fascistas. Dom Manuel, dos vossos, mas algo mais instruído no mundo da alta política, nom quijo criar duas Galizas dum jeito aberto, ainda que só favorecera a sua parte espanhola – Galicia-, vocês si o fam rendidos ao voto imediato e fácil. O que sementa ventos, recolhe antes ou despois tempestades.

2 comentários:

AFP disse...

Linque inescusável sobre o disfarce de Entroido que leva psoto UpyD



http://santo2000.blogspot.com/2009/02/lingua-tamen-entra-en-campana.html

Anónimo disse...

Ya teneis a Feijóo, un Don Manuel Bis....