Palavras novas e velhas

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

PARTICIPAÇOM SÓCIO-POLÍTICA DA MOCIDADE. O CASO ESTUDANTIL. A RESPOSTA DO NACIONALISMO GALEGO

A Crunha, Janeiro 2010.

É pola própria configuraçom do sistema universitário?

Bem é certo que a configuraçom do sistema universitário impele a inacçom, mas isto seria umha armadilha bem pequena para o estudantado em vendo a activaçom do mesmo durante o tardo-franquismo. Em minha opiniom as raízes do desleixo da mocidade para com a participaçom política passa em primeiro lugar polos próprios avantares históricos da Galiza, sem umha sociedade civil forte e, sobretodo, pola propaganda da passividade operada desde os poderes fácticos e os média do globalizaçom ultraliberal descendente, sem esquecer as formas de vida a ela associada.
Em primeiro lugar cumpre assinalar que a desactivaçom da sociedade civil, isso que Chomsky denomina a segunda super-potência – a da opiniom mundial –, forma parte do desmantelamento e enfraquecimento dos estados, quer dizer, as forças globais de mercado estám manipulando o enquadramento e os mecanismos institucionais disponíveis para a cooperaçom no plano global e local até tal ponto que nem os estados mais fortes som capazes de proteger interesses da maior parte das suas estruturas sociais, especialmente das mais vulneráveis coma os trabalhadores e o lumpem. Nom é por acaso que o Processo de Bolonha forme parte desta estrategia orientada à queda do welfare state no que concerne aos estados europeus.
Para outras partes do planeta o processo é ainda mais dramático e afunda no apartheid global, com situaçons como as do Haití, sustentado todo el noutra discriminaçom, a do apartheid nuclear.
O desinteresse geral pola política acentua-se igualmente pola uniformidade das filiaçons partidárias. As diferenças políticas em todo o Estado espanhol vírom-se minoradas nos últimos tempos dando-se-lhe preferência ao imperativo de integrar preferências globais de mercado independentemente da orientaçom política do governo em questom. Aqui insire-se perfeitamente o affaire das caixas galegas nisso que poderiamos denominar como a “fabricaçom de consenso ultraliberal”.
A uniformidade dos quadros políticos nom convida pois a umha involucraçom no sistema porque a capacidade decisória dos cidadaos reduze-se a votar cada quatro anos num cenário de política-mercadotécnia.
O mercado desregularizado é o que apreixa agora ao estado e a cidadania nom percebe pola esquerda umha força política capaz de transformar este estado de cousas, a contrário a política está a ser definida por umha cultura dominadora e tiránica que nom proporciona aos seus membros um sentido do seu valor próprio tornando-se, por ende, nom só materialista ao nível dos seus apetites mas tamém propícia e incentivadora de várias formas de patologia social – pola ausência dumha sociedade civil com referentes e orientaçons rupturistas pola esquerda – como a xenofobia, os ataques aos direitos reprodutivos da mulher, etc.
O crescimento de ultra-nacionalismos e neo-fascismos coma UPyD e a escassa contestaçom que os think tank, como as FAES, demonstram que sem a acumulaçom de forças necessária, sem formaçom nem sociedade civil as soluçons estruturais políticas apresentam-se como opressivas e no caso espanhol recentralizadoras.
Se a democracia se reduze a votar e calar caímos no “todos som iguais”, no aborrecimento e na indiferença. Rachar, pois, esse “consenso ultraliberal” das forças políticas é vital, polo que cumpre reedificar formas de participaçom a fim de evitar a atrofia sistémica da consciência cívica, vontade dessas “maos invisíveis” que movem os fios da geopolítica.
Por último, sublinhar que o estudantado deve ser um piar da sociedade civil, a alavanca da esquerda social e, portanto, é necessário pôr em marcha novos mecanismos para que a sua involucraçom seja efectiva, do contrário passaremos do estado-social dos cidadaos ao estado-penal dos súbditos.

Polas organizaçons do estudantado que nel operam?

A ausência de forças organizadas na sociedade, independentes dos partidos políticos, motiva que perante o aggiornamento das organizaçons do estudantado a desmobilizaçom seja massiva e nom se artelhe um movimento alternativo pola esquerda que force aos sindicatos a nom poder renegar ou passar por cima de desafios de calado, coma o Processo de Bolonha, umha reconversom industrial aplicada ao ensino sem apenas resposta desde uns Comités centrados em taxas e no mestrado, evitando a pataca quente que supom enfrontar-se a implantaçom deste processo desde o poder .
De facto, o papel dos Comités na desactivaçom e na desmobilizaçom do estudantado perante o processo de Bolonha nom se pode passar por alto, assi como a sua teórica virage após o 1 de Março, embora nom tenha ainda redundado em nengumha conseqüência prática nem tam sequer em desafios paralelos como a implantaçom do novo Máster de Secundária, baseada mais umha vez na impostura e na desorientaçom.
Este aggiornamento trai consigo nom poucas conseqüências de calado perante a ausência de espírito crítico e iniciativa política na mocidade:
a.- Temporais: a reactivaçom do estudantado fai-se mais complexa já que as mensages opostas a Bolonha e críticas, quando som feitas desde entidades minoritárias e mais ou menos marginais chegam com dificuldade ao estudantado ou chegam deformadas polos detentores do status quo. Mas é um arma de duplo gume, porque tampouco será doado para os Comités inçar a sua cada vez mais inane implantaçom real nas diversas faculdades do país.
b.- Metodológicas: a renúncia à pedagogia revolucionária e as etiquetas da esquerda clássica complica a apresentaçom e conformaçom de análises críticas coerentes e coesionadas e, por sua vez, dificulta que, de fazerem-se, haja realmente umha massa de receptores suficientes; quer dizer, que os discursos cambiantes e contraditórios, ou mesmo inexistentes, que caracterizárom a ausência de oposiçom e mobilizaçons serias contra Bolonha fam perder nom só a credibilidade dos Comités, seqüestrados polo BNG – governo através de Galiza Nova, mas a do movimento estudantil mais consciente em geral pola sua incapacidade para organizar alternativas e plantar-lhe cara aos desafios.
A espiral de ignoráncia acentua-se e exige dumha nova metodologia para recuperar os sinais identitários dos movimentos de esquerda enquanto se foca ao estudantado nom coma um conjunto amorfo, mas coma estratos diversos a que discursos e campanhas se tenhem de necessariamente adaptar para chegar a eles e ganhá-los, nom tanto como votantes dum partido ou simples aderentes dum sindicato, mas como células dumha sociedade civil em construçom que recupere o estado para a cidadania e a universidade para o estudantado e para a Galiza.
Por fim, devemos ter claro que sem contra-discurso rigoroso, sem a esculca ajeitada, os agentes que deveriam apoiar-nos passarám a alinhar-se com o discurso oficial que umha e outra vez lhe é transmitido desde os média.

Como analisar a realidade estudantil?

Na universidade nem tam sequer chega a 1% o quantidade de alunos implicados em organizaçons estudantis permanentemente. A análise desta realidade nom é singela, mas podemos enumerar alguns sintomas que cumpriria complementar com aquelas noçons, ou chaves de interpretaçom teórica, que enumerei na anterior palestra centrada na mocidade (noçom de redes e a noçom do horizonte de expectativas).
A degradaçom dos interesses e valores comuns é um alvo do ultraliberalismo que se encaminha ao colapso estrutural, mas que age com impunidade perante a ausência de alternativas promissoras e viáveis. O narcisismo e a passividade em que se instala boa parte da sociedade é o espelho dum baleiro ideológico onde os gritos de desespero da mocidade se identificam através da proliferaçom de grupúsculos espanholistas e xenófobos, a militarizaçom da mocidade, o esquerdismo apenas estético, a adesom às drogas, bandas criminosas...
Para umha boa parte da mocidade do mundo nom hai razons para a própria vida, como para envolver-se na luita pola transformaçom da sociedade em nome desse outro mundo do que se fala nos foros da globalizaçom ascendente. O consumismo como valor supremo assenta-se no vazio e conduze para umha cultura em vias de fracasso e maniqueia, onde o individualismo, ora pessoal em relaçom a sociedade, ora grupal em relaçom a periferia, permite a ofensiva ultraliberal e o agravamento do apartheid global. Umha fugida cara adiante, cara ningures.

Som as organizaçons do estudantado próximas a essa realidade? Existem mais opçons desde a perspectiva nacionalista e de esquerdas para a auto-organizaçom do estudantado? Quê modelo seria o ajeitado?

Nom por reconfortante é doado estabelecer modelos nem verdades absolutas. Aqui é onde entro a falar da minha experiência como integrante da Assembleia de Filologia, umha dessas experiências que configura um dos “modelos” possíveis de organizaçom do estudantado e que serve, em minha opiniom, de alavanca para a participaçom política logo noutras entidades.
As assembleias de centro som umha tentativa de reactivaçom do estudantado baseada no horizontalismo e encaminhada para o mantemento de posiçons críticas e de esquerdas. Umha modesta alternativa aos sindicatos clássicos desde a que construir na medida do possível esse contra-discurso necessário hoje ausente na acçom sindical maioritariamente. No entanto, nem é umha missom doada nem está livre de fundas e variadas eivas que tentarei expor de seguido.
A assembleia nasce como umha corrente alternativa, na estrategia e no discurso, ao que ofereciam outros sindicatos, entre eles os Comités, com umha aposta pola horizontalidade e a participaçom e com vontade de estruturar-se em entidades maiores como umha Coordenadora de assembleias para a USC. Eis a sua potencialidade, mas tamém as suas debilidades.
A sua potencialidade para a criaçom de contra-discurso e para a acçom combativa passa por estar integrada, na sua maior parte, por militantes nacionalistas e polas camadas do estudantado mais consciente, mas isto de por si é tamém umha eiva porque nem sempre se soubo adaptar e modalizar o discurso para chegar a maiorias mais amplas. Isto trai consigo umha assembleia conformada por pessoas muito activas, mas tamém a escassa capacidade de atrair a novas incorporaçons que verdadeiramente se impliquem no dia-a-dia do projecto.
Contodo, na últimas eleiçons à Junta de Faculdade passamos por vez primeira a ser a primeira força em representaçom inclusive por cima dos Comités, que historicamente tinham em filologia um dos seus feudos. Deu-se até o paradoxo que integrantes activos dos Comités se passárom para a assembleia com um denominador comum: nom desejavam trabalhar e desenvolver campanhas alheias ao tempo que se recusava aceitar as suas próprias desde arriba.
Contodo, os problemas que apresenta esta iniciativa podem ser a sua sentencia de morte se nom hai capacidade para reconduzi-los, e tenho que dizer que provavelmente nom a haja. Um primeiro problema é que nom hai hábito de trabalhar em horizontalidade desde o diálogo e a transparência, quer dizer, sem tentar cooptar essas assembleias como simples instrumentos dum ou outro aparato político e, daquela, atraiçoando o seu espírito integrador e plural.
Um outro problema é que as estruturas verticais, dependentes dum aparato político, som, por natureza, mais perduráveis no tempo, porque os militantes dessa organizaçom asseguram a sua sobrevivência a longo prazo e a estrutura do partido-base oferece ferramentas excelentes desde as que agir e umha ressonáncia das suas vindicaçons teoricamente muito mais elevada.
As estruturas horizontais sem adscriçom som muito mais féveis, nom contam com esses meios engadidos e adelgaçam ou engordam os seus quadros com umha intermitência mais dilatada. Destarte, os confrontos entre as facçons no seu seio som teoricamente muito mais profundas ao responderem a visons muito afastadas dum mesmo problema. Na prática, quando menos em filologia, isto nom tem sido um atranco, como nom o deveria ser a pluralidade da frente a que pertenço, o BNG. De facto, na nossa assembleia nunca houvo umha votaçom, sempre se pacta umha postura que convença a todas e a todos.
Aliás, se num momento se rompe a cadeia e nom hai transmissom geracional a experiência acumulada dos quadros anteriores perde-se e cumpre voltar começar de 0 ou o artefacto fina sem mais. Entom, o modelo das assembleias, mal que vem, é um modelo em precário, enquanto nom haja maiorias estudantis que operem no seu seio com consciência do seu alcance e objectivos bem definidos.
No tocante, a estruturaçom em unidades maiores que lhe dariam coesom e força ao movimento, todas as tentativas se tenhem tornado impossíveis polas distintas famílias que luitavam pola hegemonia na mesma, assi como polo boicote dos sindicatos, que sempre olhárom com reticências este modelo por ficar afora do seu controlo. Um erro estratégico de Galiza Nova, mas vaia por diante que nom o é só desta organizaçom, como despois tentarei desenvolver.
A última tentativa de reunir umha Coordenadora com os restos das assembleias de centros que ainda ficam em Compostela (filologia e políticas principalmente) sofre contínuos atrancos que dilatam umha e outra vez a sua posta efectiva em marcha. Contodo, nom som atrancos distintos dos tira-puxas antes descritos, mas poderiam certificar a sua morte antes tam sequer de ter nascido.

Como fazer o movimento estudantil volte a ser um viveiro de votos e quadros para o BNG?

Aqui é onde entra, ao meu ver, a necessidade dumha mudança na táctica dos Comités, ou doutra nova organizaçom do estudantado da esquerda nacionalista, que permitiria reactivar o movimento estudantil através da horizontalidade e a pluralidade das assembleias de centro, sem menoscabo da implantaçom social dos Comités, a contrário. Explico-me.
Os Comités deveriam ser os primeiros em interessar-se polo sucesso dumha coordenadora de assembleias de centro. Ainda mantendo como é lógico a sua própria organizaçom e actividade, seria um espaço em que os membros dos Comités, a título individual e nom como sindicato, poderiam fornecer os seus pontos de vista e trabalhar com outras sensibilidades e visons num diálogo enriquecedor.
Destarte, possibilitaria que os Comités estiveram em permanente contacto com as vindicaçons do estudantado mais consciente e mesmo poderia ser a melhor ferramenta para incorporar a amplos sectores do estudantado e, por ende, um caladoiro de novos simpatizantes e integrantes, para além dum foro imensurável para a propagaçom desse necessário contra-discurso de que falava. O carácter rotatório das vozeiras e vozeiros das assembleias e a necessidade de retificaçom das propostas da coordenadora nas assembleias de centro poderiam evitar qualquer umha das tentativas de cooptaçom.
No entanto, e já remato, tenho que reconhecer que som céptico. Nom é para menos. A mercantilizaçom do ensino desenhada polo grande capital aterrou na Galiza sem oposiçom e as luitas do estudantado sérias som ecos dum afastado passado. A actuaçom de comparsa dos Comités neste processo tem sido determinante à hora de explicar este fenómeno, assi como a conjuntura política estatal com um PSOE no governo e nom com o PP como em reformas anteriores. Tampouco se percebe na direcçom do nacionalismo maioritário umha vontade de mudar o rumo e ser instrumento e nom clero do nacionalismo galego.
Muito me temo que esta análise e declaraçom de vontades nom seja mais do que um brinde-ao-sol. Polo bem, do estudantado, da Galiza e do próprio nacionalismo aguardo que nom seja assi. Obrigado.

7 comentários:

AFP disse...

Tento resumir aqui o aduzido por José Manuel Beiras Torrado do Encontro Irmandinho:

O derrubamento sistemático de todo o construído durante o século XX nesta II Restauraçom bourbónica, corrupta e onde vivemos num sistema totalitário encuberto nom é mais do que a constataçom dumha realidade. A reacçom da mocidade é "passar de todo" porque acham que é impossível mudar rem.

A Geraçom de Beiras é umha geraçom derrotada, mas ainda nom vencida. Um terço de século de involuçom reaccionária ultraliberal orquestrada polos "neocons" trouxo consigo que a cultura dominante imposta polo aparato de propaganda do sistema nos levara a uns estratos sociais desnortados ao longo de cojunturas históricas avondo adversas.

A sociedade actual está atomizada, desvertebrada, corrompida e em processo de idiotizaçom. A II Restauraçom bourbónica está em fase de decomposiçom e caminhando para o modelo do neofascismo já no núcleo do Império.

A política consiste em exercer como cidadao activo. No entanto, pode-se estar no aparato do estado sem estar activo e nom defender nem direitos culturais nem interesses de classe. Faltam em conjunto referentes na política constitucional dumha ética, um ideário e um projecto alternativo ao sistema. A cidadania actua por arroutos e sentimento e nom por formaçom. A universidade converteu-se na fábrica da ignoráncia, umha fábrica de produzir mao-de-obra barata.

AFP disse...

Tento resumir aqui o aduzido por José Manuel Beiras Torrado do Encontro Irmandinho:

O derrubamento sistemático de todo o construído durante o século XX nesta II Restauraçom bourbónica, corrupta e onde vivemos num sistema totalitário encuberto nom é mais do que a constataçom dumha realidade. A reacçom da mocidade é "passar de todo" porque acham que é impossível mudar rem.

A Geraçom de Beiras é umha geraçom derrotada, mas ainda nom vencida. Um terço de século de involuçom reaccionária ultraliberal orquestrada polos "neocons" trouxo consigo que a cultura dominante imposta polo aparato de propaganda do sistema nos levara a uns estratos sociais desnortados ao longo de cojunturas históricas avondo adversas.

A sociedade actual está atomizada, desvertebrada, corrompida e em processo de idiotizaçom. A II Restauraçom bourbónica está em fase de decomposiçom e caminhando para o modelo do neofascismo já no núcleo do Império.

A política consiste em exercer como cidadao activo. No entanto, pode-se estar no aparato do estado sem estar activo e nom defender nem direitos culturais nem interesses de classe. Faltam em conjunto referentes na política constitucional dumha ética, um ideário e um projecto alternativo ao sistema. A cidadania actua por arroutos e sentimento e nom por formaçom. A universidade converteu-se na fábrica da ignoráncia, umha fábrica de produzir mao-de-obra barata.

Unknown disse...

Una abraçada fraterna cap als germans de Galiza d'un irmandinho català!!!

He fet tres posts sobre ascó però sense entar a analitzar-ho a fons, gràcies per l'inetrés pel meu blog!

Rosalía Fernández Rial disse...

"A sociedade actual está atomizada, desvertebrada, corrompida e em processo de idiotizaçom"
e o estudantado non é máis que un reflexo desa sociedade...
o mesmo sucede coa desgaleguización do sector estudantil. Hai xa demasiadas persoas que non se senten identificadas co seu propio país...
a ver se os esperpentos da política "feixista" serven para espertar de novo ese sentimento.
Unha aperta.

Xan disse...

O problema da sociedade en xeral é que xa non cuestiona nada, só repítense as palabras que outros constrúen en función dos seus intereses. A desaparición de sistemas políticos que criamos alternativos. A inexistencia de referentes en vigor, porque por referentes non se poden tomar casos como o de Venezuela, nin o chinés, que é outra forma de capitalismo. A sociedade en xeral, é un inmenso fumadeiro de opio onde se adormentan as conciencias adictas ao circo romano (deporte sen valores convertido en espectáculo) e ese tremendo afán de destacar, de ser protagonistas con calquera escusa, que é o referente do noso egoísmo persoal de primar o meu eu por encima do todos colectivo, fai que a sociedade non comparta, só compita por ser o máis rico aínda que o máis infeliz. A sociedade funcionará cando todo enfóquese a que os cidadáns sexan felices, non máis ricos, nin que posúan máis cousas inútiles, nin máis competitivos... só máis felices.
Unha aperta

AFP disse...

Xan concordo completamente contigo. Proximamente se os exames me deixam a ver se exponho o modelo de transformaçom que eu concibo como utopia tamém a luz do bebido na Rolda de Rebeldia deste sábado.


Rosalia: o que nom podemos fazer é seguir vivendo no totalitarismo encuberto como se nada e aguardar a que venha o fascismo sob um ou outro disfarce. Se nom hai contradiscurso a sociedade civil apoiará ao fascismo e logo dirá, como lhe aconteceu aos alemáns, "nom sabiamos nada dessas atrocidades". Penssons aos 67? Hoje em "Público" vinha um artigo assinado por Santiago Alba Rico e outros intitulado "Cuba para la libertad" que é merecente de ser lido. Porque o "comunismo" cubano nom baniu o sistema sanitário nem as prestaçons sociais quando caiu a URSS e o seu PIB desceu brutalmente à vez vez que se incentivava o bloqueio? E nom defendo a mímese da Revoluçom Cubana, vaia por diante. É hora de tomar partido tod@s porque "o que nom se decata é um imbécil o que se decata e nom actua é um criminoso".

O rumor do vento disse...

Antom, son O'Taboada, agrégame a ese recital poético.

Apertas.