Palavras novas e velhas

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os trabalhadores nom votam a traidores



Onte fum ao teatro, com a que está caindo o corpo social pede teatro, teatro calderoniano. O grande teatro do mundo, com as suas tragédias, comédias, autos de fé e farsas para títeres. Primeiro fum ver umha tragédia Zapatero-rei logo umha comédia Feijoo nas nuvens e tivem que chorar nas duas, nem pola gravidade do assunto, nem polo bufonesco do actuar do reparto. Chorei pola catarse e pugem-me a escrever a minha própria obra com o pouco tino, sisso e saber que eu tenho. 'I have a dream', avonda-me com isso para fazer este Requiem por um povo.

A doutrina do shock caiu nas maos zetapepistas, ou aplicamos este pacote de medidas ou alia iacta est e Grécia estará por toda a parte. O estado social, como muitos apestados levamos advertindo tempo e tempo por certo, entrou na UVI. Eu já merquei a coroa para o passamento para este “Maio” velho do irmao Curros. O velho preto monstro de lama e bosta já meteu a sulfurosa patinha por debaixo da porta. Eis a Rosa de Espanha, Díez de Vivar, a dizer-lhe ao Zpeta que dimita e que decidam “los españoles el futuro de la nación española”. Espanha espanholea com a luita de classes espanholadamente, a tal ponto que ergue espanholofóbia, como os iletrados comentaristas desportivos da Cuatro. Madre fui eu em romaria a ver o fascismo que aí vem!

Na Galiza as festas da Ascensom trouxérom-nos um inesperado agasalho. Nom foi a virge de Fátima nem a revelaçom do terceiro segredo, nem os Reis Magos, nem tam sequer o Apalpador. Cuido que mesmo deveu ser o espírito do Barrigaverde do castro de Santa Susana. “Ahí los tienes rodeados de oropeles!” Fusom por fusom má fusom será. Eu som-che mais da fussom dos trabalhadores, do proletários de toda a parte unide-vos! Gayoso mestre de cerimónias da massonaria financeira em régio e barudo castelhano. Feijoo anotando-se os trunfos da baralha tanto na Galiza como em Madrid. Na Galiza porque o BNG lhe ajudou a apresentar-se com um novo defensor da galeguidade – pois, pois-, no Estado porque se fixo a fusom que demandava o Banco de Espanha e o próprio capital financeiro. Nom hai mais cera da que arde.

Nom importa a pátria do capital, ainda que a esquerda (sic transit gloria mundi) nom pareça entendê-lo. A nova entidade é umha caixa bancarizada, um banco mesmo. É curioso olhar para a Caixa Rural Galega que nom se meteu em leias especuladoras nem em manganchas de feira. Nom precisa FROB nem resgate, nem que os putridirigentes lhe riam as graças ao seu presidente, como figérom com Gayoso.

Gayoso, o José Ramón nom, o outro. O especulador, o facinoroso, aí o tés, um filisteu da cabeça aos pés: ascendeu de porco a marrao e Feijoo inchou o fole. Umha fusom para fazer a Goldman Sachs fisterrá, um bangster com licença para matar. Mais capital, mais lucro, mas especulaçom... até a vindoura fusom sempre!

Algum dos traidores vendeu-lhe ao povo que isto era a galeguidade das caixas, que criava consciência nacional... Que lho perguntem aos milheiros de desempregados, aos bancários que despedirám agora, as sés que ocuparám entidades financeiras nom galegas – porque em galego nunca se escrevêrom os recibos das contribuiçons, aos funcionários -5%, aos jubilados destonados (0% matéria graxa), aos dependentes relativos, und so weiter. Que lho pergunte a esquerda superlativa.

Era umha esquerda a um Estado espanhol colada,

era umha esquerda superlativa

era a esquerda fetichizada.

Era a homenage ao bom Moncho em .es,

eram os sociolistos zetapeperos,

as quarenta masseiras sindicais eram.

Era umha burocracia ideologizada.


O Capital. Livro 1 do Antigo Testamento. Que di o velho Marx? O capital é trabalho morto congelado em propriedade. Cismar em cavilar em termos de propriedade é como pensar a propriedade como umha cousa per se, nos termos mesmos do fetichismo. Aceitar de facto os termos da dominaçom. A propriedade privada dos meios de produçom (e de troca olho) é essencial para os que desde o escano vem ao trabalhador como formigas desde o cristal abafado desde o que o Ferro nos relata aquel genial limiar. Aguardo que a sociedade civil mais consciente se ponha a escrever já O Crepúsculo dos parasitas.

A luita dos “pollitos bien” nom tem mais objecto que fazer “galega” e “nossa” os meios de produçom (nem isso, pois, pois). Nom tem como objecto dissolver tanto a propriedade como os meios de produçom como criar a umha socialidade consciente, umha sociedade civil que contrua desde abaixo o fujo social da transformaçom altermundista e revolucionária.

Autoenagenaçom. A política como religiom com dogmas de Terceira Via imutáveis. Marx concentra a crítica da sociedade burguesa na noçom – conceito de fetichismo e desbarata mesmo a teoria burguesa ( a economia política). Construe socialismo CIENTÍFICO, nom religioso, antecipa essa teia de aranha com os fios dos Soviets, do Comité Centras de Milícias de Catalunya, dos zapatistas, os movimentos sociais... ou já antes a Comuna de Paris. As luitas sociais em definitiva. Umha rede com espaços baleiros por onde se estabelece no tempo e no espaço a dialéctica, a construçom da revoluçom, o materialismo histórico – geográfico como ferramenta de elaboraçom das diagnoses e respostas para transformar e nom limitar-se a observar o obsceno tempo de silêncio em que nos tocou viver.

Porém o fetichismo como a superstrutura jurídico – política do estado é estável, umha nasa onde a Terceira Via, os aparatos sindicais e políticos acabam berrando contra o home e a natureza ao grito de guerra The economy stupid! O fetichismo é estável porque os objectos (dinheiro, máquinas, mercadorias – onde se insirem, por certo, escanos e poderes nos aparatos recluídos nas prisons da miséria estatais) se convertem em sujeitos, enquanto os sujeitos, o proletariado, se converte num objecto. A tragédia de Zapatero-rei, o complexo de Edipo da esquerda, é inevitável: quanto mais urgente e necessário (social, ambiental e economicamente) é desenvolver mudanças revolucionárias mais afastam os traidores autocolonizados pola fetichizaçom essa inflexom do horizonte de expectativas social.

As vanguardas convertem-se em retaguardas, vanguarda – fetiche com carta outorgada (nom se sabe por quem) de consciência de classe, messias de futuros excélsimos desde presentes assegurados polo Estado que se di combater. A nosa nobre e harmoniosa working class hero, o nacional – populismo que vê aos trabalhadores e ao povo como massa à que redimir e nom como cidadaos um por um aos que conscienciar para que actuem como tais com discursos afastados do marco constringido polo binómio político – mediático da II Restauraçom bourbónica.

A teia de aranha horizontal, que avança perguntando e a partir da coesom das revoltas locais, é a única tecedeira para superar a fetichizaçom do fetichismo. A contrário nom é “dous passos adiante e um outro atrás”, mas “um passo adiante e outro atrás Galiza”. E a teia dos sonhos da classe trabalhadora já lha marca a direita, com a hegemonia em termos gramscianos absoluta, com o seu horizonte de expectativas ultraliberal por baixo do casco em cada um dos moradores da incubadora associal – cibernética do pós-modernismo.

Os que antes de Suresnes, do eurocomunismo e de nom se sabe quando (ou si mas nom convém dizê-lo) se contentavam com ignorar o fetichismo – coma o marxismo da “ortodoxia” estalinista sempre fixo – e pretendiam unicamente resolver a relaçom antagónica entre capital e trabalho trocando o proprietário do Estado, mediante a proletarizaçom inconclusa do estado burguês; rematárom por ser parte subvencionada desse mesmo Estado, o qual, no caso das forças soberanistas da periferia, é duplamente deprimente quando é esse mesmo instrumento de dominaçom burguesa o que safa as mais terríveis implementaçons da glotofaxia e o etnocídio dos símbolos de identidade em que se reconhecem essas periferias rebeldes e, o que é quiçais mais importante para os “assegurados”, o que possibilita a existência dessa vanguarda fetichizada-subvencionada.

O idioma é um exemplo mais. Nom se tem umha ideia normalizadora clara desde nengum partido galego para reverter décadas de caída livre. Nom se atacam as causas apenas se reage contra as conseqüências. O castelhano e Espanha – que é um estado e os seus centros de dominaçom e poder- seguem levando a iniacitiva.

Na Galiza, o socialismo leva caminho de morrer de anorexia e o capital financeiro de morrer bulímico. A classe dirigente fará-o por obesidade. No entanto, Die Linke na Alemanha, o Bloco de Esquerdas em Portugal, os anarquistas gregos, a Esquerda Anticapitalista na França dam motivos para a esperança. Republicanos e libertários de toda a Galiza, unide-vos!

8 comentários:

Xan disse...

O mundo non vira a favor dos nosos intereses, nin en función das nosas querenzas. Queiramos ou non queiramos hai unha concentración de capitais nas Caixas; e chegados a este punto e desde unha óptica nacional galega, supoño que será mellor entre caixas galegas que non con foráneas. Non valen as demagoxias, non convencen, non son certas, nin achegan nada. Unha unión entre caixas foráneas traería recortes de postos de traballo. Que o BNG axudou a Feijoo a presentarse como defensor da galegalidade é o mesmo que dicir que a comida de Beiras con Fraga axudo ao franquista a parecer un demócrata e galeguista. Cualificar ao BNG de traidor por que aposta pola unión das caixas, paréceme unha deriva xunto con outras parecidas de Encontro Irmandiño tan irracionais que xa non me merecen ningún comentario. A discrepancia é sa, pero isto é outra cousa. Unha deriva destas dimensións resta credibilidade a outras razons que se poidan ter, pero así non se tenden pontes destrúense...

AFP disse...

Caro, nom me devim explicar com suficiente clareza, mas acho que tés algumha confusom no tema das caixas que, se me permites, cumpre aclarar:

a) A fusom entre Caixa Nova e Caixa Galicia vai produzir despidimentos de bancários, a esgalha aliás. Colhe qualquer vila onde estejam as duas entidades, só ficará um baixo alugado com os seus empregados, nom dous. Mais ou menos reduzirám sobre 1/3 do plantel.

b) As sés baleiras virarám em grande parte dos casos em espaços ocupados por outras entidades foráneas que verám assi reforçado o seu mercado na Galiza em detrimento de Caixa Nova e Caixa Galicia. A lógica é mui simples, nemgum galego de toda a vida pom todos os ovos na mesma cesta, nom?

c) A frente da bancarizaçom das caixas seguem os mesmos que invertírom em tixolos, cimento e hipotecas - lixo. Essa é a "política social" das caixas e a que seguirám fazendo de aqui para a frente.

d) O BNG tem umha dívida de 5 milhons com as caixas. Muito me temo que esta é a principal explicaçom da sua postura. Nom se ocorreu aos filiados expertos nesta matéria, mas a gestores com muitíssima "intuiçom". Com isto figemos-lhe o jogo a postura do Banco de Espanha e dos dous partidos dinásticos. Estas cousas é bem sabê-las.

e) Esquerda Unida e o BNG estám atraiçoando à classe operária. Eu como filiado do EI que se insire no BNG estou atraiçoando à classe operária, cada um em maior ou menor medida dependendo das responsabilidades que desenvolva. Nom se pode focalizar todo em língua e caixas, com a agenda marcada desde afora, quando aqui existem problemas muito mais urgentes para os que estám passando, que cada vez é mais comum, necessidade. Por primeira vez a nossa geraçom vai viver pior do que a anterior e o neofascismo está inçando e inçando enquanto os que nos consideramos de esquerda seguimos durmindo.

f) As minhas opinions som minhas nom do Encontro Irmandinho, ainda que pertença a el. A discrepáncia sempre é sá, menos nos totalitarismos que atafegam a liberdade dos cidadaos para expressarem-se.

Parece-me magnífico que simpatices mais com a UPG (ou com a direcçom actual do BNG, ou com o fetiche da uniformidade em lugar da unidade) do que com o EI, o que si que nom me parece acertado é dizer que no artigo hai demagogia. No artigo ataca-se sobre todo a PSOE e PP, aos partidos sistémicos, mas nom estou disposto a calar quando se trata das minhas faltas ou das do meu partido. Seria um fariseu.

Os média criárom um falso debate sobre a galeguidade das caixas. O capital nom tem pátria, os trabalhadores si e estas caixas som bancos que já nom servem ao povo só intereses da grande burguesia. Nesse sentido que o nacionalismo decidira apoiar a Feijoo sem fisuras, nem pondo os pontos sobre as ies para arriquecer o debate, parece-me quando menos contribuir para reforçar perante muitos cidadaos e cidadás o pseudogaleguismo do PPdG. E, por certo, após a reuniom de Beiras com Fraga houvera dúzias de críticas e ruxe-ruxes e começara a operaçom para botá-lo pola porta de atrás. Ou o direito à discrepáncia é exclussivo? Destarte, a ressonáncia que poda ter este texto é avondo pouca, num jornal ou noutro lugar mediria mais as minhas palavras. No meu blogue prefiro polo menos poder exprimir-me com franqueça e sinceridade, desde o que penso e me sai de adentro.
Bom, perdoa pola maçada. Umha aperta

Anónimo disse...

Muito me temo que a nossa terra nom se adaptou ós tempos modernos. A resistência do ser galego a modernidade inaugurada máis na revoluçom industrial ca na francesa condenou-nos a morrer na cruz do postmodernismo, na sustituiçom do nosso por "el suyo". É o fim? nom sei, mas nom o será se o ser galego logra adaptarse á modernidade, deijando morrer o rural e ateigando as cidades (aínda que moi bem sabes ti como som as cidades, escreveche-lo moi bem nalgumha poesia) ou pola contra chega um cambio de tempo histórico que nos favoreça, que poderia ser por exemplo o depoimento, ou nom.

"Nós sabemos que o home pode ser outra coussa" irmao Antom.


Umha aperta!

P.D. O outro dí na Garciada tivemos umha disputa sobre as comenencias do lugar e da hora na que se atopa o país. Sobre estar ou ir. Pode que tiveras raçom e que devamos simplemente e como dizia Novoneyra "tender pontes" nas que vejamos a cara dos nossos irmaus cegos e jordos ou pode que nom.

Anónimo disse...

por certo... eu pergunto-me quando as caixas forom galegas? tivo a gente da galiza algum beneficio das suas caixas, aparte das hipotécas a 30 ou 40 anos e histórias semelhantes?
Mas bom, eu suponho que se Xan está no correcto logo da fussom a caixa única transpirará galguidade e veremos ós seus empregados empregar a lingua do país, e fazer campanhas na lingua do pais ( que no único sitio que as vim foi em compostela, na minha vila nom que estam em castelám) como boas caixas galegas cheias de galeguidade deixaram de empregar os filhos dos caciques de turno de cada povo ( últimamente os que tenhem cartos para pagar o master das dúas) así como ser complices da espculaçom e das crise (veja-se cangas, massó)... em fim...
Galeguidade a tope!

a estrategia política do bng é feita por umhos lumbreras, quando se peguem a óstia agora nas municipais em primeiro termo a ver que passa, E quando baixem da barreira dos 100000votos a ver que passa.

Xan disse...

Primeiro: Os que non están de acordo convosco son da UPG e os que non estaban de acordo con Franco eran comunistas, masons. A todo isto aínda que non é o meu caso, ser da UPG é tan lexitimo como ser de Encontro Irmandiño. É certo que o capital non ten patria .Nada ten patria, nin a produción, nin as empresas, nin os barcos de pesca, nin as centrais leiteiras. Desenvolvendo o teu punto de vista, ser nacionalista non ten sentido. A banca leva moitos anos xubilando con 48 anos aos seus empregados é o que fará agora. Estas caixas tiñan plans para fusionarse con outras foráneas, é publico e notorio, o que daría lugar a un recorte de oficinas e persoais, polo que é demagóxico e infantil realizar estas formulacións. Desde unha postura nacionalista prefiro que se realice unha unión de caixas galegas. En todo caso non é só as caixas, é todo, calquera postura que toma ou deixa de tomar a maioría do BNG ( máis do 90%) criticádela cun odio en crecemento continuo. Cada un pode ter o seu punto de vista, a súa opinión todas son validas. Por que non sodes valentes e non formades un grupo propio, seguro que non necesitades pedir créditos bancarios e augúrovos un gran éxito. Tedes o diagnostico infalible, o remedio infalible, sabedes o que quere o pobo galego, presentarvos sos ás eleccións. Claro que non valería vivir de criticar o que fai a maioría do BNG teriades que ter propostas e non vivir do NON a todo o que se fai ou deixa de facer. As discrepancias son boas e necesarias pero cando só se destila odio, atácase a diario, tense como único obxectivo descualificar sen construír nada, o valente seria coller un camiño propio. Isto non quere dicir que o BNG non necesite cambiar moitas cousas, volver ás súas raices, pero o camiño non se anda sementando odío, con eso soio se consigue resistencia a mudar e desconfianza entre uns e outros.
Unha aperta

AFP disse...

Caro, eu nem destilo ódio, nem som de odeiar a ninguém. Isso nom tem nada a ver com que poda atacar qualquer posicionamento de qualquer partido / corrente, etc. se a acho equivocada.

Na anterio contestaçom já che indiquei que a traiçom às classes trabalhadoras nem é só da UPG nem só do BNG. É de todos os que nos dizemos de esquerdas e logo levamos avante umha política que em vez de transformar vai contra as camadas populares. Nesse sentido EU tem tanta culpa coma o BNG, e o EI como a UPG, a MGS ou +G, só que uns tenhem a possibilidade de marcar a orientaçom de todo o partido e outros nom.

Ser da UPG ou do EI é tam legítimo como ser do PP ou do PSOE. Porém é tam legítimo criticar ao PP como ao BNG se um nom concorda com os seus postulados.

Se o nacionalismo nom é emancipador duplamente, nacional e socialmente, para mim nom tem sentido. Para mim o nacionalismo de CiU ou do PNV nom deixa de ser um chauvinismo ao serviço das classes pudentes locais. Eu som socialista em tanto home, e nacionalista em tanto galego. Mas esse nacionalismo consiste em emancipar à cidadania galega e em proteger a sua cultura.

Os recursos da Galiza som nossos e devemos atacar que outros os explorem e se beneficiem do que é de todos os galegos: rios, montes, costa... Até umha caixa que dera créditos aos trabalhadores e nom aos especuladores, ainda nom sendo pública poderia ajudar a construir país, mas esta assi nom. A decisom de apoiar a fusom cozinhou-se desde arriba sem perguntar a militáncia, sem debates locais e comarcais... e infelizmente isto é a tónica dominante desde já fai uns poucos anos.

Isto nom é o PP e o PSOE, aqui a militáncia teria que ser central, nom um apêndice sobre o que impor horizontalmente pontos de vista e decisons.

Sobre o diagnóstico e os remédios, nem hai nada definitivo nem infalível. O altermundismo e as suas declaraçons levam-se caracterizando por isso durante estes anos e já antes a esquerda que conseguiu desembaraçar-se da tradiçom estalinista como Refundatione Comunista. No entanto, o que sempre atacarei desde o meu pensamento som socialdemocracias (no sentido moderno e nom histórico, quem lhes dera) que se venderm como transformadores e comunistas e logo passa o que passa. A sua base e aderentes históricos sentem-se estafados com as suas mornas políticas e a direita remata por vir. Passou o 1 de Março na Galiza e passará-lhe a Zapatero.

Chama-me a atençom que se nos culpe a nós do ódio, talvez seja que imos mais por frente e dizemos o que pensamos abertamente. Outros som mais de chantar punhais nas costas, isso si lavam os trapos dentro da casa, porque a casa é deles (ou isso pensam). Por último, dou-che toda a razom numha cousa: deveriamos ser o suficientemente valentes (ou covardes) e deixar que afogara o BNG só, fundar esse novo referente de esquerdas que voltara ao BNG de 1982, com o altermundismo e as dinámicas da "nova" esquerda europeia. Nom sei se nos iria melhor ou pior, mas quando menos eu poderia ter a consciência mais tranqüila e nom observar como nem na oposiçom somos capazes de denunciar e defender o que realmente lhe afecta / interesa à classe trabalhadora.

Umha aperta

AFP disse...

E mudando em parte de terço, a cousa internamente está pior do que nunca: manipulam-se os censos para poder pôr aos dum, produzem-se cisons locais... E todo isto benefícia aos inimigos da Galiza, aí Xan tem toda a razom (mas é que já som tantas cousas que a um resulta-lhe impossível nom pôr o grito no céu!!!):

http://www.xornal.com/artigo/2010/05/16/politica/edis-nacionalistas-nigran-abandonan-bloque/2010051600211302941.html

http://www.xornal.com/artigo/2010/05/15/politica/consello-do-bng-rexeita-novo-prazo-ampliar-censo-das-municipais/2010051519164600200.html

http://www.xornal.com/artigo/2010/05/16/politica/bng-pecha-seus-censos-locais-complica-candidatura-tello-na-coruna/2010051600211400259.html

As cousas nas cidades estám-se fazendo mui mal, prima-se a pertença dos candidatos a um ou outro grupo por cima de que sejam pessoas atractivas para a cidadania. Os resultados muito me temo que vam ser nefastos.

Anónimo disse...

Permite-me que che diga Xan que as caixas nom vam poder fazer prejubilaçons porque entre muitas outras coussas piores a crisse vai acavar com elas. Essa já é umha das medidas anunciadas por ZP para dentro de nada.
A crise vamo-la nós, os que temos que trabalhar. Nom os que fam a fussom das caixas nem os que dIrigem ó BNG nas alturas. Esses estanche moi bem assentados. O bng traiçoou, coma os outros que já o figeram antes, á sua base social e agora vai-no pagar caro porque a base social do BNG nom se aumenta com marketing senom que com isso se reduce.
Eu vejo que as cifras de gente que emigra fora da Galiza aumentarom um 16% no último ano, e isso ó BNG tira-lhe da gaita... a nom ser que creia que a fussom das caixas faga volver os que marcharom e nom ir ós que quedarom. O gram fracasso do bloque nom é outro que deijar-se penetar pola mafia caciquil galega, o que é umha traiçom histórica do nacionalismo popular galego (o qual foi o único que existiu)
Eu nom me expresso moi bem mas creio que hoje no bloque há caciques, é há que berra-lo alto.