Palavras novas e velhas

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Welcome mister capitalism to Galiza, a wonderfull country!


2/2/09



«Debemos desarrollar un nuevo marco social que sustituya al estado del bienestar o lo redifina», Rodrigo Rato.



«Seja como for o esquema que domine, a maioria do Sul – no sentido económico- nom poderá emular ao Norte em propriedade. Produzirá-se um aumento considerável da fochanca sócio-económica e demográfica entre o Norte e o Sul. Continuará o enorme fluxo migratório até o trio de cabeça, a pesar de todas as leis que se adoptem para frená-lo. Existirá entom em Ocidente umha enorme populaçom sem direitos económicos nem sociais e numha má posiçom económica. Assistiremos, pois, à reproduçom da situaçom económica que conhecêrom os países industriais ao longo da primeira metade do século XIX. Acho provável que, perante esta situaçom, os países liberais afundirám-se e viverám umha espécie de guerra civil. Já nom fará falha defender apenas os direitos em Somália, mas tamém na França e nos EUA. Os próximos trinta anos serám caóticos. Após o caos virá a orde, e é impossível prever a sua natureza», Inmanuel Wallerstein (El País, 10-2-1994).

Quando em 1989 cai o muro de Berlim, Francis Fukuyama anuncia a sua teoria do fim da história. Segundo esta, com a defenestraçom do bloco soviético nascia umha nova orde mundial livre de conflitos e onde o livre mercado tam só trairia progresso e prosperidade. O absurdo desta teoria vê-se bem em 2009, hoje som mais os muros ca fai dez anos, ainda que nom se fale deles. Entre México e EUA um. Em Palestina outro que converte a Gaza e a Cisjordánia em ghettos de Varsóvia do século XXI. Em Ceuta e Melilha senlhos, etc. Outros muros nom se vem, mas como as meigas «haver hai-nos» e dividem a sociedade em classes irreconciliáveis ao ser opostos os seus interesses pola própria natureza do sistema. Vivemos numha época de convulsons que só fam aumentar mais a cada passo e o esgotamento efectivo do sistema no desenvolvimento das forças produtivas é um facto consumado. Se analisamos o presente e o passado, o capitalismo só pode regenerar-se com cíclicos episódios de destruiçom dessas forças mediante repressom, guerras e estados de excepçom permanentes; todo isto para além da destruiçom do meio natural, o seja, o caos.

2009. O ano em que provavelmente alcancemos o número 1000 milhons de pessoas afectadas pola fame crónica no mundo. Os nossos descendentes verám-nos coma umha geraçom obscura da verdadeira alta Idade Obscura, que começa com a I Guerra Mundial e a consolidaçom do Imperialismo. Em 2002 as sete pessoas mais ricas do mundo contavam com moitos mais activos do que o PIB dos 49 países menos desenvolvidos em que vivem 650 milhons de pessoas. Em 2004 o Banco Mundial publicou que 2800 milhons de pessoas vivem com menos de 2 dólares diários. Isto é o pior genocídio da história e deve-se ao capitalismo, na fase neoliberal do Imperialismo, genocidas com acólitos coma o FMI, o Banco Mundial, a OMC, os EUA, Japom e a UE; etc. Mas, a contrário do que Hitler, Estaline ou Pinochet nom sai nos livros, dessa história que Fukuyama cria morta, como um ser vil e desapreciável. Nom. É o tio Sam, o deus que nos agarima nas nossas vidas regaladas e nas nossas despensas cheias. Por isso aqui, na Galiza, que dorme tranqüilamente no seu berço e no colo doutra genocida (Espanha), o queremos tanto.

Tem-se calculado que com 80000 milhons de dólares anuais eliminaria-se em dez anos a carência de serviços básicos, auga potável e educaçom de qualidade em todo o globo. Umha bagatela ao pé dos bilions que se «injectárom» à banca para evitar o colapso do sistema e um desesperado intento de perpetuá-lo ao preço que seja. Nom fum a Tengo una pregunta para usted, mas senhor ZP, porque nom tira o disfarce de «progre» e lhe saca o que a política económica da pseudo-esquerda e da direita coincidem com o manual neoliberal da administraçom Bush ao cento por cento. A democracia burguesa é umha fraude e agocha a terrível tirania do deus-dinheiro e das multinacionais, as que realmente mandam.






O actual sistema económico é umha tolearia indigestível, fonte de atrocidades e guerras permanentes. Para que uns poucos vivam coma deuses os demais nom podem viver, pois como dizia o génio: «a morte é mais universal do que a vida. Todos morremos, mas nom todo o mundo pode viver» ou aquel provérbio italiano que di: «rematada a partida o rei e o peom voltam para a mesma caixa», embora em Ocidente o reduzamos com a frialdade dos fariseus e nos encolhamos de ombreiras afirmando com Estaline: «umha morte é umha tragédia. Um milhom de mortes estatística».

No entanto, no novo cenário de crise, umha ciclogénese social explosiva, avizinha-se nos próximos nos próximos anos e padecerám-se fortes convulsons sociais que de nom triunfarem serám esmagadas pola oligarquia e a burguesia com repressom respaldada ora pola Patriotic Act, ora pola Lei Antiterrorista, ora pola santíssima Constituiçom de 1978. Por enquanto, a classe obreira de Ocidente começa já a colher a cor vermelha que perdera polo tinte azul do estado do bem-estar, em descomposiçom, o que quer dizer que volta aos poucos a consciência de classe, como se viu na Hélade, porém ainda está verde o processo.






EUA tem hoje mais de 40 milhons de pobres, com a taxa de deficit e endevedamento mais elevada e com a fractura sócio-económica mais brutal dos últimos anos, onde se chegárom a vender casas por 1 dólar! Deles alimenta-se a extrema direita, o integresismo religioso e o imperialismo, quer dizer, «mister Danger», o mesmo que deixou morrer a centos de pessoas quando o furacam Katrina polo delito de serem pobres. «Laisse passe, laisse faire» e «a banda anunciava outra tocata», como acaba Risco o seu O porco de pé de 1928.

Entom, a soberania nacional em quem é que reside? No povo ou numha oligarquia abastada à que semelha nom importar-lhe nem a morte de milheiros de compatriotas em guerras imperialistas nem as desigualdes sociais que venhem dadas polos seus depreciáveis interesses de classe. E aqui colhem tamém outras naçons, eis a Galiza sob a tirania do supercherismo do parlamentarismo burguês do Estado espanhol regido polo conselho administrativo dumha poucas empresas. O nacionalismo espanhol, o espanholismo de UpyD, PP, PSOE e companhia é o que é, um simples mecanismo de controlo da classe obreira, alienando-a confrontando-a com os seus irmaos bascos, cataláns e galegos. Podemos viver todos os povos do mundo juntos, mas para isso cumpre respeitar o seu direito a decidir o futuro livremente, de independizar-se ou de associar-se com quem quigessem pola sua vontade, mas sem imposiçons nem demagogia parida polos 'mass meia' para esganar a Galiza, Euskal Herria e Catalunya, alienando à sua populaçom, atacando à sua cultura autóctone e negando-lhe os seus direitos colectivos como naçons com séculos de existência.






No Estado espanhol, a pseudo-esquerda, os burgueses reformistas do PSOE, aplicam calaças e remendos, cataplasmas decalcadas da direita mais reaccionária: a administraçom Bush. Milhons para Citroën e a automoçom, enquanto os seus obreiros passam a engrossar a lista do paro. Porque é mais espanhola umha multinacional com sé em Paris e sucursal em Madrid do que um tipo de Téis, Mos e Redondela. Este é o verdadeiro nacionalismo do chovinismo espanholista. Enquanto, o BSCH, o BBVA e a puta madre que os botou ao mundo a todos iam bem davam-nos pisos aos moços, viajes a Cuba aos velhos e férias em Marina d'Or aos obreiros. Normal, pois, que agora a classe obreira lhes ajude através do Estado, porque eles som o verdadeiro estado, os que movem o cotarro. A democracia parlamentar burguesa a cada nova campanha eleitoral arremeda mais a titiritada mediática dos EUA, porque a ignoráncia das massas é o salvo-conduto do sistema burguês. Tal o dixo Castelao em 1944, que algo mais ca o agente O09 e ca Tourinho devia saber: «o povo só se salvará quando deixe de ser massa». Socialismo ou caos é a dicotomia presente e já nom «socialismo ou caos» como defendia Rosa Luxemburgo, já que o tempo esgota-se, pois o planeta cansou de tanta irresponsabilidade humana desde o século XIX com a Revoluçom Industrial.

Perante isto, o cámbio climático ceva-se com os mais pobres, com os que menos culpa tenhem, porque deus é justo e misericordioso. Por eles reza o Vaticano, a Conferência Episcopal e o Foro de Érmua. Jesus comia com publicanos e pecadores, visitava aos necessitados... Loitou pola independência de Palestina face o imperialismo romano que torturava, explorava e assassinava. Quanta progressom para a humanidade desde entom! Inventamos as ladainhas e as pregarias para dormir bem e que os pobres de solenidade morram de inaniçom. Vivemos, certamente, no melhor dos mundos possíveis, só hai que premer o interruptor da luz e deixar arder a lámpada enquanto olhamos a maravilhosa programaçom televisada do primeiro mundo com telenovelas, reallity shows e demais canalhada alienante. Nom sei ainda como nom vomitamos ao olhar-nos no espelho. Como dizia Manuel Maria em «Berro pola liberdade do home»: «o home é umha máquina de fazer esterco».

O PSOE governa para os grandes empresários e banqueiros espanhóis. A UE troca a legislaçom laboral a gosto da patronal e aprova cartas outorgadas de costas ao povo com o objectivo de recortar o gasto social para que a classe trabalhadora pague a crise. Acho, portanto, que a RAG deveria pôr democrata como sinónimo de delinqüente.

O nível cultural do Estado espanhol e dos melhores do mundo como o revelam os informes educativos e como comprovo cada vez que boto para à rua e procuro manter umha conversa inteligente, que nom se baseie no trinómio desporto-coraçom-moda, piares da alienaçom capitalista. O nível cultural vejo-o nas massivas concentraçons do estudantado defendendo um ensino público, galego e universal perante o Plano Bolonha. Vejo-o na altíssima afiliaçom da mocidade a grupos políticos, sindicatos ou movimentos sociais. Palpo-a no 90% do Nom à «constituiçom europeia», carta outorgada do livre mercado e da precarizaçom do emprego, que se registou no Estado espanhol, quando na França tam só atingiu 55% e em Holanda 61%. Corroboro-o no sentimento estendidíssimo de consciência nacional com mais de 60% do Hórreo ocupado por forças nacionalistas e independentistas galegas, e no repúdio do uso do 11-S, o 11-M e as vítimas de ETA para recortar os direitos dos cidadaos sob a excusa da seguridade frente o terrorismo instaurando um Estado de excepçom permanente onde as trabalhadoras e os trabalhadores som os verdadeiros terroristas, junto aos movimentos sociais, que cumpre vigiar e se molestam moito erradicar. O nível cultural, em fim, demonstra-se na greve geral que começou no Estado contra a ilegalizaçom de D3M e Askatasuna amparando-se o aparelho repressor na retrógrada Lei de Partidos. Vejo Vigo, vejo Cangas, tamém vejo Redondela; fora-me melhor ser cego para nom morrer de pena. Para os que naçam no 2009: wellcome to hell.

Terra a Nossa! Viva Galiza ceive, socialista e nom patriarcal! Nós Sós!

1 comentário:

AFP disse...

Enquanto desde organismos internacionais advirtem que no Estado espanhol se ilegalizam partidos com demasiada alegria, vejamos o que pensa o PP da mao do seu vozeiro em Compostela, o burguês Conde Roa, franquista redomado e fascista consumado que se permite tildar aos combatentes galegos de nazis etnógrafos, el que é um fascista etnocida...
NA GALIZA EM GALEGO, NENGUMHA AGRESSOM SEM RESPOSTA


http://www.abc.es/20090211/galicia-galicia/conde-acusa-psoe-dejar-20090211.html


ESTA É A SUA DEMOCRACIA!!!